As cidades são, já o sabemos, laboratórios de experiências plásticas. No caso da Street Art uma estamos em presença de uma linguagem e de expressões artísticas que são efémeras e vulneráveis às políticas da cidade. É exactamente este o caso que agora apresentamos. Temos dois conjuntos de imagens que demonstram a necessidade de encontrar formas de registar as mutações da paisagem urbana, enquanto local de uma dinâmica muito particular entre criação/esquecimento.
Encontramos, num primeiro momento uma parede, entendida como a tela e o veículo de expressão do graffiti e, num segundo momento, os graffitis desapareceram dando lugar a uma parede vermelha.
Provavelmente, trata-se de um episodio de um ciclo mais vasto, entre a vontade de utilizar as paredes da cidade e a forma como as autoridades lidam com a utilização do espaço público.